segunda-feira, outubro 30, 2006

Entrevista


A entrevista é uma das opções de coleta de dados qualitativos, apresentando as vantagens de: propiciar oportunidades para motivar e esclarecer o respondente; permitir flexibilidade ao questionar o respondente, ao determinar a seqüência e ao escolher as palavras apropriadas; permitir maior controle sobre a situação e finalmente permitir maior avaliação da validade das respostas mediante a observação do comportamento não verbal do respondente (LODI, 1991).


A entrevista pode ser do tipo formal ou informal. A entrevista formal segue um plano determinado de ação e é empregada quando se deseja informações em profundidade que podem ser obtidas em locais privados e com respondentes recrutados em locais pré-determinados (CHENITZ & SWANSON, 1986).


As entrevistas formais podem ser estruturadas ou não-estruturadas. A entrevista estruturada, também denominada estandardizada ou padronizada, tem a premissa de que todas as respostas devem ser comparáveis com o mesmo conjunto de perguntas e as diferenças refletirão as diferenças entre os indivíduos. As questões devem ter o mesmo significado, podendo haver liberdade na escolha das palavras, na seqüência e no momento de fazê-las.


Na entrevista não estruturada, não padronizada ou não estandardizada o entrevistador nem sempre tenta obter o mesmo tipo de resposta usando o mesmo tipo de perguntas. Tem sido referida como entrevista em profundidade, intensiva ou então denominada entrevista qualitativa. O propósito é obter as informações com as próprias palavras dos respondentes, obter descrição das situações e elucidar detalhes.


Esses dois tipos não excluem, porém, as entrevistas em que os dois tipos são combinados em momentos diferentes, caracterizando uma "entrevista híbrida" ou então as moderadamente padronizadas, quando existe modificação da seqüência, número e palavras das questões.


Os dados para análise geralmente constam de transições das fitas gravadas, relatórios de observações e documentos. Após o investigador ter coletado os dados iniciais, transcreve as fitas, realiza as leituras e procede à codificação ou à análise dos dados.
É preciso, pois, que os estudos que a utilizam sejam analisados com base na visão interacionista, a fim de que avanços sejam feitos nessa área de conhecimento.


Fonte
LODI, J. B. A entrevista: teoria e prática. 7 ed São Paulo: Pioneira, 1991. 176p.