terça-feira, outubro 31, 2006

Mídias e educação

...Conhecimento não é mais alguma coisa que já vem pronto, que está definido, que é definitivo, mas é algo que está sempre se enredando em nós, que é fruto dessa interação entre as diferenças de opinião, de sentimentos, de culturas, de processo de socialização. Desejamos, dentro da escola, policompreensões do mundo e não uma visão única, direcionada, estreita de conhecimento, restrito a conteúdos curriculares, que estão impressos no livro didático, especificados linearmente da primeira à última página.(...)
"Se a gente quiser desenvolver , a partir do reconhecimento das diferenças, das subjetividades, teremos que produzir novos sentidos para a escola. Se a gente quer a cooperação ao invés da competição, se a gente quer a autonomia do sujeito para entender o mundo, se a gente quer um professor que trabalha em co-autoria com os alunos, que não é um distribuidor de mensagens, que não é um transmissor de conhecimento, que não dá uma unidirecionalidade ao ensino, que não faz como outras mídias que separam o emissor do receptor, se a gente quer, enfim, adequar a escola à contemporaneidade, então, temos que buscar instrumentos para esses fins."

Maria Teresa Eglér Mantoan